Setembro 28, 2006
Shyznogud
Esta tarde, por motivos que não vêm ao caso, vi-me a substituir a minha irmã na reunião de pais com a Directora de turma da minha sobrinha. Deo Gratia que estava em regime de substituição e, por mais motivos que não vêm ao caso, obrigada a um registo de low profile, caso contrário acho que um grupinho de pais teria levado para casa algumas histórias para contar. Tive que contar até 3, respirar fundo profundamente e limitar-me a colocar na cara um seráfico sorriso quando a Directora de Turma da piquena se sai com uma tirada daquelas que eu muito aprecio. Passo a contar em detalhe o que se passou. Estas primeiras reuniões do ano dão sempre direito à eleição do representante dos pais. A coisa costuma arrastar-se por penosos minutos porque nunca há voluntários. Como não tinha nada a ver com a história mantive-me calada a apreciar. Eis que ouço a senhora a dizer "Não há um pai voluntário? Nestes casos costumo sempre apontar para os pais é que as mães, bem, as mães têm outros papéis". Qué? "Segura-te ó Mariazinha, vá, isso, respiração de cãozinho cansado se necessário for mas deixa-te estar calada. Vá, tu consegues, plize, plize...". Aguentei-me, é verdade, mas fiquei com a coisa tão entalada, tão entalada... Porque é que eu tinha que ouvir aquilo num sítio em que as circunstâncias me obrigavam a ser discreta? Porque é que não aconteceu numa reunião de um dos meus filhos? Porque é que ninguém abriu o bico? Sou eu que sou picuinhas e implicante? Ups, esta era pergunta retórica...