Fevereiro 01, 2008
Shyznogud
Quando, domingo passado, escrevi aqui um post que falava de um acidente de viação que tinha provocado a morte de um puto estava muito longe de imaginar que, horas depis, iria receber um telefonema da minha irmã a dizer-me "O João[nosso irmão mais novo] ligou-me. O Sassá e o Ari tiveram um acidente. O Sassá está em estado grave e foi transferido para Sta Maria. Vou passar no hospital para ver o que se passa". A preocupação imediata foi logo transformada em angústia porque assim que ela lá chegou percebeu-se que "estado grave" era um eufemismo para descrever o que realmente se passava. Umas horas depois a puta da notícia, o Sassá tinha morrido, apesar de ainda não estar oficialmente morto. Começou uma espera terrível para todos os que se iam revezando no hospital, apoiando como podiam o Toni (como é que se apoia um pai nestes casos? impossível!) e o Ari, o irmãozinho mais velho, que, apesar de não estar em estado grave, também estava internado. Houve também a necessidade de se ser confrontado com a macabra, mas inevitável, conversa sobre doação de órgãos, característica deste tipo de mortes violentas. Choque e tristeza profunda são palavras que não chegam para descrever o que foi esta semana para muita gente que, ainda por cima, tinha que lidar com crianças. Como é que se diz ao Ari que o irmão morreu? Como é que se diz ao Guigas que o amigo dele morreu? Bolas! têm 7, 8, 9 anos, não têm idade para perder um irmão, um amigo...
Cá por casa e pela da minha irmã tínhamos os nossos pequeno e grandes adolescentes com insónias, a desfazerem-se em lágrimas no meio das aulas, a tentarem encontrar forma de conseguir aceitar tudo isto e preocupadíssimos com o Ari e com os primos.
Apesar de não ser a primeira vez que trago para aqui acontecimentos do meu quotidiano, sempre que o fiz foi para falar de indignações ou então de episódios caricatos ou pitorescos. Porquê, então, falar hoje do Sassá e da sua estúpida morte? Porque sei que há gente que passa por aqui e que muito provavelmente já se cruzou uma ou outra vez com o Toni , ou mesmo com o Sassá, no Andanças ou noutra qualquer iniciativa ligada à PédeXumbo. Para esses pode interessar o recado do Paulo Pereira (dos Uxukalhus e do Blogue Social Português) porque a esta tragédia imensa junta-se algo de mais prosaico. O Toni é bailarino e, inevitavelmente, não teve condições para se manter numa série de projectos que são a sua única fonte de rendimentos:
Cá por casa e pela da minha irmã tínhamos os nossos pequeno e grandes adolescentes com insónias, a desfazerem-se em lágrimas no meio das aulas, a tentarem encontrar forma de conseguir aceitar tudo isto e preocupadíssimos com o Ari e com os primos.
Apesar de não ser a primeira vez que trago para aqui acontecimentos do meu quotidiano, sempre que o fiz foi para falar de indignações ou então de episódios caricatos ou pitorescos. Porquê, então, falar hoje do Sassá e da sua estúpida morte? Porque sei que há gente que passa por aqui e que muito provavelmente já se cruzou uma ou outra vez com o Toni , ou mesmo com o Sassá, no Andanças ou noutra qualquer iniciativa ligada à PédeXumbo. Para esses pode interessar o recado do Paulo Pereira (dos Uxukalhus e do Blogue Social Português) porque a esta tragédia imensa junta-se algo de mais prosaico. O Toni é bailarino e, inevitavelmente, não teve condições para se manter numa série de projectos que são a sua única fonte de rendimentos:
Solidariedade
Depois do trágico acidente que roubou a vida do Sassá, resolvemos todos contribuir, e assim pagar as despesas do funeral; o que sobrar permitirá ao Toni e ao Ari ter algum tempo para fazer luto pelo filho e irmão que perderam de forma tão brutal.
Ao procurar links para este post encontrei este pequeno filme com alguns meses. O bandinho dos 5 (os 2 irmãos e os meus 3 diabretes de sobrinhos) completo, como ainda devia estar...
Ao procurar links para este post encontrei este pequeno filme com alguns meses. O bandinho dos 5 (os 2 irmãos e os meus 3 diabretes de sobrinhos) completo, como ainda devia estar...