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Womenage a Trois

Women's True Banal Stories - womenageatrois@gmail.com

Abril 23, 2010

Cenas Obscenas

Um remédio santo para a má-disposição. Dissipa maus humores e rabugices entranhadas. A ouvir amiúde mas em pequenas doses, por exemplo em dias de tráfego intenso ou trânsito engarrafado ou ainda para aliviar a sensação de "que mais me irá acontecer hoje?". Efeito garantido.


Abril 17, 2010

Mouro da Linha

Os casos vi que os rudos marinheiros,
Que têm por mestra a longa experiência,
Contam por certos sempre e verdadeiros,
Julgando as cousas só pola aparência,
E que os que têm juízos mais inteiros,
Que só por puro engenho e por ciência
Vêem do Mundo os segredos escondidos,
Julgam por falsos ou mal entendidos.

«Vi, claramente visto, o lume vivo
Que a marítima gente tem por santo,
Em tempo de tormenta e vento esquivo,
De tempestade escura e triste pranto.
Não menos foi a todos excessivo
Milagre, e cousa, certo, de alto espanto,
Ver as nuvens, do mar com largo cano,
Sorver as altas águas do Oceano.

«Eu o vi certamente (e não presumo
Que a vista me enganava): levantar-se
No ar um vaporzinho e sutil fumo,
E, do vento trazido, rodear-se;
De aqui levado um cano ao Pólo sumo
Se via, tão delgado, que enxergar-se
Dos olhos facilmente não podia;
Da matéria das nuvens parecia.

«Ia-se pouco e pouco acrecentando
E mais que um largo masto se engrossava;
Aqui se estreita, aqui se alarga, quando
Os golpes grandes de água em si chupava;
Estava-se co as ondas ondeando;
Em cima dele hüa nuvem se espessava,
Fazendo-se maior, mais carregada,
Co cargo grande d'água em si tomada.

«Qual roxa sanguessuga se veria
Nos beiços da alimária (que, imprudente,
Bebendo a recolheu na fonte fria)
Fartar co sangue alheio a sede ardente;
Chupando, mais e mais se engrossa e cria,
Ali se enche e se alarga grandemente:
Tal a grande coluna, enchendo, aumenta
A si e a nuvem negra que sustenta.

«Mas, despois que de todo se fartou,
O pé que tem no mar a si recolhe
E pelo céu, chovendo, enfim voou,
Por que co a água a jacente água molhe;
Às ondas torna as ondas que tomou,
Mas o sabor do sal lhe tira e tolhe.
Vejam agora os sábios na escritura
Que segredos são estes de Natura!

 

(Os Lusíadas, Canto V)

Abril 16, 2010

Mouro da Linha


Não percebo porque é que os jornalistas da rádio e da televisão passam a vida a falar de "um vulcão na Islândia" e nunca dizem o nome dele. Parece que têm medo. Deve ser como o cancro, a que se chama normalmente "doença prolongada." Não tarda começam a chamar "vulcão de nome prolongado" ao Eyjafjallajökull.

 

PS - Com nomes destes, não admira que tenham ido à falência.

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