Womenage a Trois

Até ao vamos-lá-ver-o-quê final.

...um santo muito interessante, aliás.

É triste que isto seja necessário. Mais aqui.

E, de repente, uma morte leva-me numa viagem ao meu passado. A vários momentos do meu passado, aliás. Um deles indissociavelmente ligado aos ares do tempo de certo período da história deste país.

Estava-se em 1974. A Revolução de Abril tinha assustado alguns, entre eles os donos de um colégio situado na zona de S.Domingos de Benfica, que terão decidido rumar ao Brasil, fechando o colégio. E para continuar a história recupero excertos de um texto escrito a várias mãos (tenho a certeza que as co-autoras me perdoarão o abuso) para uma exposição da comemoração dos 25 anos da minha escola, a CEBE (Cooperativa de Ensino de Benfica).

(...) De repente, algumas dezenas de crianças ficavam sem escola numa freguesia de Lisboa que tinha assistido nos últimos anos a um baby-boom, não sendo por isso fácil conseguir alternativa.

A época convidava à ultrapassagem das barreiras (administrativas e outras) e ao "pôr mãos à obra".

Assim, um grupo de pais e alguns professores tomaram em mãos a hercúlea tarefa de pôr de pé uma escola em 3 meses (o ano lectivo tinha terminado em Junho e recomeçaria em Outubro).

Horas intermináveis de reuniões e discussões resultaram no projecto CEBE, a primeira cooperativa de ensino em Portugal.

A maioridade da júnior aproxima-se a passos largos. Começa-se a falar em direito de voto, em tirar a carta, essas coisas banais e típicas. O que me lixa é que o primeiro "efeito efectivo" ocorreu hoje, com a ida dela ao Alfeite para participar numa coisa chamada "Dia da Defesa Nacional" (acho que não erro no nome). A mim, que até servi de testemunha em processos de objecção de consciência de amigos meus, na altura em e o serviço militar era obrigatório, chateia-me um bocadinho que a coisa comece por isto.

Uma converseta no twitter ontem à noite fez-me escrever um post no Jugular. Esse post serviu de mola para a Joana contar mais umas coisinhas, muito saborosas, sobre vizinhos e condomínios em Bruxelas, acompanhadas por  uma breladela. Esta serve-me a mim para recuperar esta "Bruxelles" que sei de cor e salteado por ter tido de a ensinar à júnior, há muitos, muitos anos, quando uma professora ligada a projectos do Centro Nacional de Cultura me requisitou a pirralha devido à sua francofonia, para partipar numa gala infantil qualquer relacionada com a Comunidade Europeia.

"No dia 6 de Junho, três semanas antes do Orgulho de 2009, queremos juntar a blogosfera LGBT à mesa (...). E a orientação sexual das pessoas é indiferente: basta que tenham um blogue onde tenham vindo a defender a igualdade de direitos. Comentadores e simpatizantes são, muito naturalmente, bem vindos!!"

(mais informações e inscrições aqui, no Devaneios)

Como é do teu conhecimento a minha casa anda transformada num verdadeiro estaleiro. Uma das consequências de tal situação é termos mandado para o lixo uma quantidade de tralha inimiginável. Até que... demos de caras com isto. A primeira tentação foi dar-lhes o mesmo destino mas, imbuídas sei lá de que espírito benevolente, pensamos que era capaz de fazer sentido tentar perceber o que é antes de decidirmos o que quer que seja. Será que tu, ó mighty orientalista, consegues perceber tais caracteres e partilhar connosco tal sapiência (nem sei se não pus isto de pernas para o ar, que mania de não escreverem cif!).