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Womenage a Trois

Women's True Banal Stories - womenageatrois@gmail.com

Novembro 29, 2008

FuckItAll

Depois ficam ofendidos quando se diz que as campanhas são, tantas vezes, mal feitas. As críticas nunca são vistas como preocupação e, por vezes, contribuição para pensar campanhas futuras - parece sempre que são maldade pessoal. Porque neste país não há debate ou discordância que sejam vistos como outra coisa que não questões pessoais. Custos da pequena dimensão?

 

A título de ilustração, apenas porque foi discussão recente

(porque há, houve, pior, muito pior),

reparar nos comentários deste vídeo no youtube.

Novembro 28, 2008

Cenas Obscenas

 

 

 

Eu juro pelas alminhas do Purgatório que me porto bem. Trabalho é trabalho, computador profissional é computador profissional. Não entendo, portanto, algumas das mensagens de correio electrónico que me aparecem na caixa desta instituição respeitável onde ganho arduamente o pão que alimenta os meus filhos. Não é uma questão de pudor, é um problema de ridículo. "Putas matriculadas" ainda vá, "moças pendentes em pénises enormes" ainda se admite, mas "carroças rangentes nas ruas de Lisboa"? "Alunas portuguesas únicas no género"? Como é possível, Deus meu?

Aviso à navegação. Disseram-me e ouvi dizer que os sites são manhosos, por induzirem os utilizadores a descarregar actualizações mais do que suspeitas do Shockwave. Portanto, abstinência ou safe surf, já sabem.

Novembro 28, 2008

Mouro da Linha

Aqui ao pé de casa havia uma pequena pastelaria, coisa asseada e digna, onde geralmente íamos tomar o fumegante alento matinal de cada jornada quotidiana. Era propriedade de um jovem casal alentejano. Ele, ensimesmado e sem história nem assunto, com um ar até resignado; ela, garrida criatura loira, espécie de Mariah Carey ainda mais suburbana que a original, que não fazia mistério do seu fascínio pela parte masculina da Humanidade, e geralmente se ataviava de modo a chamar-lhe a atenção: blusas ostensivas, jeans de número abaixo, botas de franjinhas e brilhantes ou sapatos a dar para o agulha.

Há tempos, e sem qualquer aviso prévio, a pastelaria apareceu fechada. Cá por casa, a coisa intrigou-nos, pois nada o fazia prever. Tivemos que mudar de escala matinal. E assim continuou.

Hoje, a nossa prestimosa vizinha Dona Alzira, alma atenta ao mundo em redor, apanhou-nos na escada e revelou-nos o mistério:

Então foi que a rapariga se terá metido com o marido de uma cabeleireira quase adjacente. Esta, brasileira, descobriu o enrolo e é que não vai de modas: no dia seguinte, à hora do almoço, pastelaria cheia de comensais, irrompe pelo terreno inimigo, acareando a messalina.

Não temos relatos precisos da ocorrência, mas terão soado clamores de “Vem cá vagabunda, cê num tem homincasa não, sua sem vergonha?”  Foi, de fonte segura, um tal arraial que a freguesia debandou, guardanapo entalado e bitoque por comer, como se um terramoto se abatesse sobre a zona. Ninguém pagou a conta, perante a patente falta de condições para tal. Tudo acabou logo ali, em refrega de lota pesqueira, estilhaçar de loiça e rasgar de roupa suja. Na deriva do pandemónio, a locanda correu taipais e já nem serviu lanches.

Do casal não tenho notícia. Parece que a adúltera foi recambiada para o Alentejo. A cabeleireira voltou a aviar extensões, bufando dignamente de fúria. E eu passei o dia de hoje relativizando a maioria das mesquinhas questões materiais da vida diária, pois percebi que ela tem coisas muito mais importantes, fascinantes e eternas.

A pastelaria reabre brevemente, com nova gerência.

Novembro 27, 2008

Shyznogud

Desde ontem que me andava a irritar com o Mumbai. À hora de almoço a irritação aumentou quando o louro me perguntou "Onde é Mumbai?". Há bocado até mandei uma mensagem ao orientalista aqui da tasca para ele me dizer se era só o meu mau feitio a dar sinal de vida (ainda espero a resposta). Foi com um certo alívio que descobri que estou muito bem acompanhada pelo Helder Guégués, a quem não falta autoridade.

 

 

Novembro 27, 2008

Jonas

Isto era mais uma parvoíce que me andava na cabeça aquando das eleições nos States, e da vitória do Obama. As coisas mudam, de facto, ou vão mudando...

 

Imaginem um rocker ferrenho dos 70's. Agora imaginem a crise a que este estaria votado caso tivesse o azar de sofrer de alopecia, onde é que o mundo tinha espaço para uma personagem destas, descabelada? Mas saltando uns anitos não é nada invulgar encontrar um headbanger completamente careca. É assim, as coisas mudam.

 

No entanto ainda estão lixados os góticos com caspa... isso ainda está em movimento, diz que já há por aí bons champôs.

Novembro 27, 2008

Shyznogud

Ontem víamos o noticiário em família quando surgiram imagens das inundações no Brasil. Perante o número de mortos anunciado (na altura falava-se em cerca de 60, agora o número já aumentou), um dos júniores da casa disse "Devo parecer insensível mas 60 mortos não me parece muito". A afirmação foi o mote para uma conversa e acabámos por chegar à conclusão que muito provavelmente a explicação para aquele sentimento bizarro tinha a ver com o facto desta geração de miúdos ter "testemunhado" o 26 de Dezembro de 2004. As suas 220.000 vítimas mortais tornaram-se, para eles, uma espécie de bitola de comparação.

Novembro 24, 2008

Shyznogud

Nos últimos dias falou-se muito de violência doméstica nos media. A blogosfera não fugiu à tendência. Entre os muitos posts que fui lendo sobre o assunto um houve que "mexeu" de forma particular. Foi escrito pelo Bruno Vieira Amaral no Atlântico e termina assim "Quando mais um nome se junta à lista, ouvimos os vizinhos, os familiares, os conhecidos. Já se adivinhava. Toda a gente sabia. Ninguém impediu."

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