Julho 15, 2008
Jonas
De facto, esta faltou... "muito bom mas não foi mágico".
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Julho 15, 2008
Jonas
De facto, esta faltou... "muito bom mas não foi mágico".
Julho 15, 2008
Shyznogud
Julho 15, 2008
Shyznogud
Também posso ir ao baú de sons, ouviste, ó implicante? Será que te agradam mais os passeios sonoros? Já andava com vontade de "alhurar" há muito tempo porque não é fácil encontrar estes sons, do primeiro ábum de Né Ladeiras editado em 1982. Quando, há uns anos largos, o tentei encontrar para o oferecer a um admirador confesso da senhora vi-me e desejei-me e acabei por recorrer a estratagemas muito rebuscados... mas consegui. Acabaste por me servir de pretexto, caro Vasco*, porque, e mantenho o que disse antes, «“blogosfera” também serve para armazém e recuperador de memórias)».
Julho 14, 2008
FuckItAll
Lembram-se dos futuros risonhos augurados pela expressão "fazer sexy"? Pois as crianças continuam a deixar-me optimista. Olhem para esta paladina da autodeterminação sexual e do "poliamor"* e digam-me se não tenho razão.
*ninguém inventa melhor palavra? esta é horrenda.
Julho 14, 2008
FuckItAll
Julho 14, 2008
FuckItAll
Morreu Bronislaw Geremek, que ao contrário do que a notícia diz não era "historian by training", era mesmo historiador. E com interesses que me interessam a mim também, além de ter "paixões comuns" com outro historiador morto da minha preferência. Ver estes dois senhores na FLL há uns bons anos atrás foi um momento difícil de esquecer. Cada vez tenho mais mortos de estimação, é a triste verdade.
(onde estão os meus co-bloggers responsáveis pelo pelouro?, hum?)
Adenda da Shyza, citando o Rui Bebiano:
Julho 14, 2008
Shyznogud
Ontem passou na SIC - N , em repetição, um documentário sobre a política do filho único na China (acalmem-se, não vou ter uma descarga de fel provocada por aquela mui interessante excepção do "se o primeiro filho for uma rapariga podem ter um segundo sem pagar multa", afinal hoje é segunda-feira e não me parece sensato começar a semana de garras afiadas) e, a páginas tantas, descreve-se a obesidade infantil, em aumento galopante, de uma forma ma-ra-vi-lho-sa, "a doença dos seis amores" (1 mãe+1 pai+2 avós+2 avôs).
Julho 14, 2008
Shyznogud
O portal do cidadão e o portal da educação deveriam estar sintonizados, fazer uma cidadã apanhar um susto logo pela manhã é muito feio.
Julho 14, 2008
Shyznogud
Em 1989, quando se celebrava o bicentenário da Revolução Francesa, o Le Monde teve uma iniciativa editorial interessantíssima, lançar o "Le Monde de la Révolution", cujos números (1 por mês) estão carregados de informação, debate, etc.. Como em tudo há sempre algo que nos faz sorrir, hoje de manhã, quando tirei esta foto, reparei que até as campanhas publicitárias que faziam parte do jornal tinham lógica. As Editions Complexe, por exemplo, tinham como frase-mote da sua campanha "Aux Livres Citoyens!"
Julho 13, 2008
Shyznogud
Ontem passei parte da tarde folheando o Noites Tropicais de Nelson Motta, "Um relato sem censura dos últimos trinta anos da nossa música – uma das maiores contribuições brasileiras à beleza e alegria do mundo.(...)". Como o autor está profundamente ligado à cena musical brasileira logo a partir de 1960* é muito divertido ver desfilar todos os nomes grandes da música brasileira, as suas pancas, os seus vícios, ao mesmo tempo que nos vai sendo apresentado o contexto em que toda aquela efervescência musical se desenvolvia. Os "anos de chumbo" da ditadura brasileira e da censura estão, naturalmente, presentes. E é um dos episódios ligados à censura - um dos menos pesados, que hoje estou muito levezinha - que me inspirou o Sound Trash de hoje e que surge no meio da descrição da vida do The Frenetic Dancing Days, a discoteca de que Nelson Motta foi proprietário (e que inspirou o título - e não só - de uma muito popular telenovela que fez sucesso também aqui, em Portugal). O mote dos "anos Dancing Days" é dado, logo na noite de abertura, quando Rita Lee canta "Arrombou a festa" ("que gozava e sacaneava os grandes personagens da música popular brasileira." p.296), cuja letra, a certa altura, dizia
Ai, ai meu Deus
o que foi que aconteceu
com a música popular brasileira?
Todos falam sério, todos eles levam a sério
mas esse sério me parece brincadeira...
Adiante... Ora bem, uma das particularidades do Dancing Days era ter empregadas de mesa originais, as Frenéticas que, a meio da noite, largavam as bandejas e subiam ao palco. As sexy Frenéticas rapidamente se tornaram tão populares que se justificou repertório próprio. E é aqui que entra a censura na história. Passo a palavra ao autor «Pensando nelas, escrevi uma letra de música e mandei para Rita Lee e Roberto Carvalo em São Paulo:
Eu sei que eu sou
bonita e gostosa
e sei que você
me olha e me quer
eu sou uma fera de pele macia
cuidado, garoto, eu sou perigosa
Alguns dias depois, eles mandaram uma fita com a música pronta (...) e uma preciosa contribuição de Rita no final da letra. A que mandei para eles terminava assim:
Eu posso te dar um pouco de fogo
eu posso prender você meu escravo
eu faço você feliz e sem medo
eu vou fazer você ficar louco, muito louco, muito louco....
E Rita acrescentou, femininamente:
...dentro de mim.
(...)mas a Censura jamais aprovaria uma letra assim. Então, quando mandamos o pedido de autorização, só com a letra escrita, colocamos "dentro de mim" não como o último, mas como o primeiro verso da letra:
Dentro de mim
eu sei que eu sou
bonita e gostosa
Deu certo. "Perigosa" foi liberada e na gravação as frenéticas "esqueceram" de cantar "dentro de mim" na abertura e cantaram todas as outras vezes, até ao final, quando ficavam repetindo "dentro de mim" entre gemidos lúbricos e toda a sorte de sacanagem».(pp.300/3001)
*há uma espécie de clic que o fez interessar por música, em 1958, quando tinha 14 anos, e que descreve logo no início do livro
«Eu não gostava de música.
Só as de carnaval, nas chanchadas da Atlântida. O rádio era para futebol e programas humorísticos.
Com 13 anos meus maiores interesses eram literários, esportivos e sexuais. (...)Mas naquelas férias de 1958, em São Paulo, não só comecei a fumar como ouvi (...) João Gilberto cantando "Chega de Saudade"(...) fiquei chocado, sem saber se tinha adorado ou detestado. Mas quanto mais ouvia mais gostava. Na volta ao Rio comprei o disco, comi a cozinheira e abandonei a natação» (p.9)
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