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Womenage a Trois

Women's True Banal Stories - womenageatrois@gmail.com

Abril 30, 2008

Shyznogud

Abril 29, 2008

Shyznogud

O João Pinto e Castro pergunta "Que estudo leu Cavaco?" como inspiração do seu discurso catastrofista do 25 de Abril e, muito sucintamente, refere algumas das conclusões a que chegou o tão falado estudo. A dúvida do João é muito pertinente, como se pode perceber passando os olhos pelo texto/fonte ( transcrevi a conclusão para aqui, lê-se bem, são só duas páginas).

Como adenda leia-se, também, o "Leitura obrigatória para cavaco-catastrofistas" do Luis Rainha.

Abril 28, 2008

Shyznogud

Muitos estarão lembrados do bizarro (para não lhe chamar outra coisa) episódio ocorrido com o E Deus Criou a Mulher, no blogspot, que se viu confrontado com um porteiro moralista à entrada, que se apresentava assim enfarpelado:



Se nessa altura me ia caindo o queixo agora caiu-me de vez ao reparar que o mesmo tratamento estava a ser dado à (quase) cândida menina limão. Parece que ela tem uma estratégia qualquer para tentar remediar a situação para a qual precisa de ajuda. Façam o favor de ser simpáticos e dêem lá um saltinho.

Abril 27, 2008

Shyznogud

Abril 25, 2008

Mouro da Linha

O Portugal de 2008 é melhor do que o Portugal de 1974? É sim senhor. Vive-se melhor? Claro que vive. Mas o que tem o 25 de Abril a ver com isso? Se calhar, muito menos do que a euforia comemoracionista sugere.
A responsabilidade da melhoria não cabe só a um golpe de Estado que há 34 anos, como escreveu o António Pinto Leite (na altura em que ainda escrevia com graça), nasceu numa manhã de Abril “dos amores entre uma velha senhora e um capitão mal pago.”
Se o 25 de Abril não acontecesse, como estaríamos hoje? Provavelmente, não muito diferentes do que estamos. Qualquer outra coisa teria feito o trabalho de nos trazer até cá – outro golpe noutra data, ou qualquer outra forma de o regime desabar e/ou se transformar. Nada nos garante que não pudéssemos estar até melhores - embora, sabendo do que a casa gasta, eu não acredite muito nisso.
Nenhum país vive isolado, e muito menos na Europa ocidental, mesmo que no seu extremo mais periférico. O mundo muda, o mundo mudou, e Portugal teria que mudar com ele, com ou sem 25 de Abril.
Não foi a democracia portuguesa que inventou os computadores, a televisão por satélite, o telemóvel, a Internet, a evolução tecnológica em geral. Nem se imagina que o regime concentracionário português da altura pudesse resistir a tudo isso  – como não resistiu o regime soviético, quinze anos mais tarde. Não se imagina que pudesse também resistir ao movimento de integração europeia, à pressão internacional, ao que quer que acontecesse no resto do mundo, a começar pela Espanha aqui logo à porta. Isto não é a Coreia do Norte.
É legítimo (e desejável) não esquecer o que era Portugal há 35, 40 anos – a miséria, a ausência de liberdade, a guerra em África. Mas o 25 de Abril, mais do que a causa primeira, foi um elo (importante, mas um elo) na cadeia de causas que fez de Portugal aquilo que, bom ou mau, ele é hoje. A maioria delas nem sequer foi da nossa responsabilidade. E se não houvesse 25 de Abril, a cadeia seria emendada por outra coisa qualquer.
Portugal vive melhor hoje porque o mundo (pelo menos a parte do mundo em que Portugal se insere) vive melhor hoje do que há 34 anos. Se o mundo tivesse “piorado” entretanto, Portugal teria piorado com ele. E nenhum 25 de Abril nos salvaria.
Dito isto, lembremo-lo. Não pelo que fez de nós, mas pelo que mostrou de nós. Pelo que representou de coragem de uns e cobardia de outros, pelo que ensina da política, da guerra, da história, da condição humana. Quanto mais não seja (e não há muito mais para ser) os que o fizeram merecem-no.

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