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Womenage a Trois

Women's True Banal Stories - womenageatrois@gmail.com

Março 27, 2008

FuckItAll

..., como o Lutz, que não julgam ter nascido com 30 anos nem se esqueceram de que um liceu, por mais pacíficos que sejam o lugar e o tempo onde fica, é sempre uma casa cheia de adolescentes. Alguns dos dedinhos autoritaristas que agora por aí se agitam faziam bem em folhear as brumas das suas memórias de infância.

 

(aliás, chega a ser ofensivo para quem dá aulas em escolas de facto problemáticas que uma patetice destas se torne um caso nacional)

Março 26, 2008

Mouro da Linha

                   

Fiz uma coisa que não fazia há séculos: comprei um relógio. Não é o da foto. Mas é grande, com francos ponteiros luminosos e honestos algarismos. E lembrei-me daquele tempo dos anos 70, quando surgiram os relógios digitais, em que a gente perguntava as horas (ou era perguntado) e ouvia (ou respondia): “São dezasseis e trinta e sete.” Tinha que se entrar em contas de cabeça para fazer a conversão e concluir que eram mais ou menos 25 para as 5, que era o que nos interessava saber.

Nessa altura, temi que a coisa se consagrasse e fosse o fim do relógio analógico, com os seus ponteiros que nos davam a hora exacta de uma forma muito menos fria e condicionante – e, sobretudo, muito mais belo como objecto tecnológico.

Não se confirmou o temor. Penso que deve ser dos poucos casos em que o progresso não levou a melhor sobre a tradição. Não sei bem se as razões foram puramente estéticas, ou se para além disso não suportámos ter que passar a ver só aquele minuto parado à nossa frente em vez de vermos o tempo deslizar por um quadrante como se fosse a nossa vida. Não sei. Só sei que estou muito contente com o meu relógio novo, embora geralmente não ligue muito às horas que ele dá. Para isso tenho o video, o DVD, o computador, o telemóvel, o carro, e eu sei lá que mais.

Março 26, 2008

Mouro da Linha

GOURMET – É a mais recente palavra mágica do consumo. Não há marca de comes e bebes que não lance uma linha gourmet, com embalagens requintadas, cheias de escuros e dourados, apelando ao diferente que há em nós todos por igual. Também despontam em cada esquina as lojinhas gourmet, espécie de Fauchons de bairro pindérico, com coisinhas caríssimas que vêm de França e boiõezinhos de compota tapados com paninhos aos quadrados acabadinhos de chegar de quintas remotas onde avózinhas de avental as vão embalando entre cachos de cebolas e presuntos pendurados. Isto está mesmo bom para vender trufas a papalvos. Qualquer dia ainda vejo tremoços gourmet.

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