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Womenage a Trois

Women's True Banal Stories - womenageatrois@gmail.com

Outubro 29, 2007

Shyznogud

Para quem se interesse pela memória nacional: a RTP2 passa hoje, dia em que se assinala mais um "aniversário" da chegada dos primeiros presos políticos ao Tarrafal (vale a pena ler a descrição do campo feita, no ano passado, à passagem dos 70 anos, por Borges Coelho, no Cemitério do Alto de S. João), um "documentário biográfico recolhe o testemunho de cada um dos cinco últimos sobreviventes do campo, nascidos entre 1914 e 1918 e que, com idades entre os 17 e os 20 anos, foram enviados para a chamada "colónia penal" onde passaram o melhor da sua juventude.".
Inevitavelmente todos nós somos marcados pela nossa história pessoal e, para mim, ouvir falar em Tarrafal transporta-me para a infância e recorda-me o tio Zé, o velhinho simpático e muito pequenino, irmão da minha avó materna, que por lá esteve preso entre 5 de Junho de 1937 e 15 de Novembro de 1945 (acabei de confirmar as datas da sua permanência na "Colónia Penal de Cabo Verde" no 2º volume do "Presos Políticos"da Comissão do Livro Negro Sobre o Fascismo). Era muito miúda quando morreu, pouco tempo depois do 25 de Abril, mas lembro-me de sempre ter olhado para ele com perplexidade, não conseguia entender como é que alguém tão doce e tão frágil podia ter sofrido tanto por "delito de opinião".

Adenda 24 horas depois: encontrar isto deixa-me triste e inspira-me repugnância, confesso.

Outubro 29, 2007

Shyznogud

O vizinho do lado tem , na sua história contemporânea, personagens e acontecimentos fascinantes no campo daquilo a que se pode chamar "História das mulheres". A polémica sufragista entre as republicanas Clara Campoamor e Vitória Kent é um belo exemplo disso, mas a ela hei-de ir um destes dias. Hoje apetece-me, seguindo uma tradição minha, aqui no womenage, partilhar algumas pérolas cuja fonte é, desta vez, a Sección Femenina, o "braço" do mulherio da Falange, dirigida, durante toda a sua história, por Pilar Primo de Rivera (filha do tal). Isto, sim, eram conselhos sérios. Minhas caras, aprendam de vez a receber vossos esposos quando, cansados, regressam ao lar depois da labuta diária (confesso que me agradam, de forma especial, as partes que realcei a bold). Ah! Conselho final: sigam o link e abram as imagens que por lá encontrarão, merecem (oh se!).

Ten preparada una comida deliciosa para cuando él regrese del trabajo. Especialmente, su plato favorito. Ofrécete a quitarle los zapatos. Habla en tono bajo, relajado y placentero.

Prepárate: retoca tu maquillaje, coloca una cinta en tu cabello. Hazte un poco más interesante para él. Su duro día de trabajo quizá necesite de un poco de ánimo, y uno de tus deberes es proporcionárselo.

Durante los días más fríos deberías preparar y encender un fuego en la chimenea para que él se relaje frente a él. Después de todo, preocuparse por su comodidad te proporcionará una satisfacción personal inmensa.

Minimiza cualquier ruido. En el momento de su llegada, elimina zumbidos de lavadora o aspirador. Salúdale con una cálida sonrisa y demuéstrale tu deseo por complacerle. Escúchale, déjale hablar primero; recuerda que sus temas de conversación son más importantes que los tuyos. Nunca te quejes si llega tarde, o si sale a cenar o a otros lugares de diversión sin ti. Intenta, en cambio, comprender su mundo de tensión y estress, y sus necesidades reales. Haz que se sienta a gusto, que repose en un sillón cómodo, o que se acueste en la recámara. Ten preparada una bebida fría o caliente para él. No le pidas explicaciones acerca de sus acciones o cuestiones su juicio o integridad. Recuerda que es el amo de la casa.

Anima a tu marido a poner en práctica sus aficiones e intereses y sírvele de apoyo sin ser excesivamente insistente. Si tú tienes alguna afición, intenta no aburrirle hablándole de ésta, ya que los intereses de las mujeres son triviales comparados con los de los hombres. Al final de la tarde, limpia la casa para que esté limpia de nuevo en la mañana. Prevé las necesidades que tendrá a la hora del desayuno. El desayuno es vital para tu marido si debe enfrentarse al mundo interior con talante positivo.

Una vez que ambos os hayáis retirado a la habitación, prepárate para la cama lo antes posible, teniendo en cuenta que, aunque la higiene femenina es de máxima importancia, tu marido no quiere esperar para ir al baño. Recuerda que debes tener un aspecto inmejorable a la hora de ir a la cama... si debes aplicarte crema facial o rulos para el cabello, espera hasta que él esté dormido, ya que eso podría resultar chocante para un hombre a última hora de la noche. En cuanto respecta a la posibilidad de relaciones íntimas con tu marido, es importante recordar tus obligaciones matrimoniales: si él siente la necesidad de dormir, que sea así, no le presiones o estimules la intimidad. Si tu marido sugiere la unión, entonces accede humildemente, teniendo siempre en cuenta que su satisfacción es más importante que la de una mujer. Cuando alcance el momento culminante, un pequeño gemido por tu parte es suficiente para indicar cualquier goce que hayas podido experimentar. Si tu marido te pidiera prácticas sexuales inusuales, sé obediente y no te quejes. Es probable que tu marido caiga entonces en un sueño profundo, así que acomódate la ropa, refréscate y aplícate crema facial para la noche y tus productos para el cabello. Puedes entonces ajustar el despertador para levantarte un poco antes que él por la mañana. Esto te permitirá tener lista una taza de té para cuando despierte.

Honestidade oblige: ainda não consegui ter a certeza da autenticidade do texto. De qualquer forma já por aqui se viu pior, lembremos "A Rapariga Emancipada" do Pe. Durão Alves cuja autenticidade é mais que garantida porque transcrevi do meu exemplar.

Outubro 29, 2007

Shyznogud

Mesmo partindo do princípio (o que é discutível) que a dor está presente não entendo a dúvida. Afinal não há tantos partidários da dor como fonte de prazer? Isto dito acrescento que também eu tenho tendência a ficar perplexa quando se misturam anestésicos (obrigada pela correcção, Dona Ester) na conversa, já que o objectivo destes é adormecer os sentidos, berdá?

Outubro 29, 2007

Shyznogud


Não é o volume da enciclopédia Einaudi que me interessa hoje mas sim, como seria previsível, a polémica em torno da lei da memória espanhola. E começo por um convite: que aqueles a quem surja uma irreprimível vontade de falar sobre ela que a leiam, podem encontrá-la aqui. À partida costumo torcer o nariz a "legislações" sobre a memória* mas ainda o torço mais às conversas que defendem que é melhor não se mexer em certos momentos para não se "avivarem feridas". Os equilíbrios são difíceis mas são ou não possíveis? Anyway, qualquer reflexão que se faça, defendendo ou criticando esta lei, há algo que me parece só poder ser consensual: a beatificação dos mártires da guerra civil, na mesma altura em que esta lei está na ordem do dia em Espanha, é tudo menos inocente e o Vaticano fica muito mal na fotografia.

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