Gosto de periódicos (defeito vocabular de formação, sorry) por princípio, consigo gastar dinheiro numa revista que nunca li ou de que não sei nada apenas porque me agradou o "alinhamento" da capa ou o grafismo... ou o cheiro (também funciona para livros). Já me chateia um bocado gastar dinheiro em jornais ou revistas merdosas e, no entanto, acabei de o fazer. Maternidade oblige... tive que pagar a promessa que fiz, há uns meses largos, quando, tentando ser pedagógica com o benjamim da casa, me pus a falar com ele sobre umas revistas vistas à socapa na escola, levadas por um amigo com irmãos mais velhos. Nessa conversa - que ficará marcada para todo o sempre como um rude golpe na minha auto-estima ("Mas qual é a piada de veres revistas com mulheres nuas? não vês a mamã tantas vezes despida?"; "Pois, mas tu não és boazona"... ok, marcou pontos e calou-me mandando-me ao tapete) - tentei banalizar tais revistas e saiu-me o tiro pela culatra. "Mas tu podes comprar se quiseres, mamã??"; "Posso, claro, qual é o problema?"; "Então um dia compras uma para mim?"... e aqui veio a asneirada, pensando que a coisa passaria lá lhe respondi que, sim, bah! não era nada de especial, patati e patatá. O desejo do rapazinho ficou a marinar e ontem voltou, fulgurante. "Disseste que compravas", afirmação feita acompanhada de um beicinho. Ninguém disse que ser mãe é simples, berdá? Ok, pronto, tempo de perder o amor a uns euritos (e engolir veleidades proto-feministas) para ver se a panca lhe passa. Vá lá que o rapaz tem inclinações soft e deu-me a escolher entre 3 revistas: Playboy, Maxmen e FHM. Felizmente, também, que a oferta do meu quiosque me facilitou o trabalho, só tinha a Maxmen... o ar de satisfação e sorriso de agradecimento do rapaz valeram os 3 euros, reconheço.