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Womenage a Trois

Women's True Banal Stories - womenageatrois@gmail.com

Janeiro 31, 2007

FuckItAll

Andava eu muito contente, a julgar que ninguém me topava, que não se percebia a minha posição sobre o aborto e não havia quem soubesse da minha participação no Sim no Referendo. É certo, já tinha cometido um lapso aqui, outro acolá (eu sou muito dada a lapsos, até deixo, às vezes, escapar uma opinião inteira). Mas estava convencida que a minha identidade secreta continuava oculta.
Eis senão quando, através de sofisticados métodos de investigação e interrogatório, o Blogue do Não conseguiu que eu confessasse o meu nome, a minha posição, a colaboração com o blog do Sim, tudo. Confessei tudo, tudo. Desmascarei-me. Pior, desmascararam-me. Sob coacção, claro. E nem posso suplicar perdão, que os meus comentários passaram a ser censurados.*
Estou muito envergonhada. Ainda bem que não delatei ninguém, pelo menos os outros defensores do Sim continuam anónimos. Ufa!
*Apraz-me porém a coerência na limitação (justa!) dos meus direitos cívicos: não posso decidir quando tenho filhos, não posso aderir a um blog sobre um tema em que sou "comentadora habitual", não posso comentar o que escrevem sobre mim, enfim, não posso.

Janeiro 31, 2007

FuckItAll

Janeiro 31, 2007

Shyznogud

Nos últimos dias fui confrontada com dois casos que me fizeram ficar assim com ar de parvinha, a abanar a cabeça e a dizer para as minhas entranhas (as coitadas ouvem cada conversa, ui), "ó criaturinhas mais preconceituosas".

O cronologicamente mais afastada aconteceu quando, num momento de descontração blogosférica, entrei no E Deus Criou a Mulher e encontrei um comentário que dizia "Este blog é um insulto às mulheres com cérebro grande em vez de mamas grandes". Não há cu para esta conversa. Andasse eu mais abonada de tempo e ainda vos sujeitaria a uma longa prelecção sobre o tema. Lucky you... não ando.

O outro exemplo de pacóvio preconceito foi encontrado ontem, nas Cartas ao Director. Eu nem comento mais nada, leia e digam lá se tenho ou não razão em abanar a cabeça e dizer "Ó país cinzentinho e tão comme il faut"

Encontrei o outro belíssimo exemplo de pacóvio preconceito na secção das Cartas ao Director do Público de ontem. Um senhor manifestava-se indignadíssimo por, ó desgraça, o EPC ter dedicado uma das suas crónicas à cosmética masculina. Leiam lá e digam-me se tenho ou não razão para abanar a cabecinha. Ó país de gente cinzenta e comme il faut...:

Eduardo Prado Coelho (E.P.C.) um dos símbolos da esquerda bem pensante deste país, professor universitário, ensaísta, filósofo, eu sei lá que mais, desperdiçou a sua coluna de opinião que regularmente lhe é concedida no jornal PÚBLICO com uma crónica sobre "cosmética masculina". Foi um pequeno tratado sobre esfoliantes, rugas, melenas, peles suaves, "horrores da noite", hidratantes, sprays secos, champôs para a terceira idade, "cremes de mãos e a relação com os pés", etc., etc. Não vou, obviamente, querer obrigar E.P.C. a escrever sobre assuntos sérios. Tampouco irei comentar os seus gostos especiais, logo eu que, embora mais novo que E.P.C., me ensinaram (na longa noite do fascismo, claro), que essas coisas da cosmética eram para mulheres ou para efeminados.
O que me leva a hoje e aqui a registar o meu veemente protesto é a sensação de tragédia que perpassa por aquele infeliz artigo. Quando um homem intelectualmente válido e notado pelos seus pares e pela sociedade, entende que a sua coluna de opinião num jornal sério também serve para dissertar sobre cosméticos para homens, estamos falados. Longe de mim querer censurar e muito menos pedir ao director do PÚBLICO que admoeste E.P.C. pela sua insensatez, porque, se os leitores do jornal são inteligentes, quero acreditar que o artigo é absolutamente elucidativo sobre a (in)capacidade do seu autor para emitir doravante qualquer juízo válido sobre a sociedade portuguesa.

(não ponho link porque é a pagar)

Janeiro 31, 2007

Cenas Obscenas

O país VIVO está connosco, na campanha do Não! A melhor prova viu-se anteontem no debate televisivo. Alguém quer maior sinal de VITALIDADE do que a energia acústica, o vigor decibélico, o powerade-approach do nosso campo? Mas não é isso que me traz aqui hoje. O que me impeliu a escrever este blitzpost foi a prova de como o país da cultura, a massa cinzenta, the little grey cells, a inteligência e a maturidade intelectual estão do NOSSO lado. De que falo?
Do poema tocante, sensível e feminino com que abriu o debate. O de Rita Ferro. Rita-VIDA. Sensível mas também de denúncia, de acusação, corajoso, vibrante, firme, firme como o seu nome bem revela.
Das palavras corajosas, viris, frontais, profundas, maduras, reflectidas e profundamente humanas do treinador do Benfica. A VIDA, sempre a VIDA e a DEFESA da VIDA em primeiro lugar. A VIDA nova, fresca, jovem. Sempre primeiro do que a outra, a vida velha, vacilante, torpe, doentia, indigna. O Benfica ganhou de certeza muitos milhares de novos sócios depois da prestação do seu treinador, que honra o seu clube, o país, a nação, o Estado, a Raça e, sobretudo, a VIDA. Sempre a VIDA.
Mas a minha emoção atingiu o máximo ao escutar as palavras da fadista Kátia Guerreiro. Jovem, bela, intuitiva, sagaz, inteligente. Com um discurso emotivo mas calmo, sincero porque feito de experiência e maturidade mas, ao mesmo tempo, espontâneo, do fundo da alma. A sua frase final é uma verdade filosófica: "a VIDA, mais nada!". Isso mesmo, Kátia, "mais nada!". O resto são peanuts, nem merecem comentários. "Mais nada!". Há expressões obscenas que traduzem bem este estado de espírito.
Espero que haja mais debates. São importantes para a defesa da VIDA. E que da próxima vez lá vá alguém com 10 semanas de gravidez para fazer uma ecografia live. Porque é certo que aparecerá logo alguma tarada do sim que não resistirá a fazer logo ali um aborto em directo. Está-lhes na torpeza do sangue, não conseguem resistir. E é na denúncia dos vícios e das indignidades que se faz a defesa da VIDA.
(Este post foi patrocinado por água Vitalis, por Compal Vital e pela lamúria "ai, vida, vida!")

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