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Womenage a Trois

Women's True Banal Stories - womenageatrois@gmail.com

Dezembro 30, 2006

Shyznogud

Depois de passar alguns anos em que a TV me servia para ver telejornais e pouco mais, em 2006 voltei a ser espectadora assídua. A esta facto não é alheia a minha adesão aos canais Fox, disponibilizados pela TV Cabo, e ao cumprimento da programação e horários dos mesmos. Adiante... a minha reconciliação com a TV não deixou, contudo, de me criar graves angústias, muito devidas às inúmeras séries em que as ciências forenses de investigação criminal têm um papel fulcral. A mais conhecida das quais é, claro, o C.S.I. mas há mais, oh se há. "Porquê as angústias?" estarão vossas mercês a perguntar. Muito simples, cada vez que os peritos forenses têm um carro para analisar (o que acontece frequentemente) e, depois de muito vasculhar, encontram um cabelinho ou um minúsculo grão de areia sou obrigada a constatar - envergonhada, naturalmente - que devo ser arraçada de suína. No meu carro o que não falta são grãos de areia (pazadas dela, aliás), migalhas de pão ou outros víveres, uma pastilha elástica já mastigada par ci par lá, impressões digitais às carradas, papéis variados (e em péssimo estado de conservação) que dão múltiplas informações sobre o meu paradeiro nos últimos dias (dias? dreamer, semanas ou mesmo meses)...a sério, uma gaja deprime e questiona-se quando lhe esfregam a javardice no focinho.

Dezembro 30, 2006

Shyznogud

Ora vamos lá ver se a gente se entende.
Ponto 1, a shyznogud, ou seja a jezinha, não lhe estava a responder quando escreveu o primeiro post que refere (o tal da fé), só usei as suas palavras, "as mentes iluminadas", porque foi através delas que hoje cheguei ao Franco Atirador (apesar de o ler frequentemente) e encontrei aquela frase que muito me agradou.
2. Aqui a criatura tem associações deveras originais e, de novo, os Illuminati não tinham nada a ver consigo..foi mera associação de palavras, ok? Da mesma forma que há dois dias associei a Linda Lovelace ao Gerald Ford. É funcionamento neuronal meu, as simple as that. Começo a antever sinais de um egocêntrismo delirante.

O que tinha a ver consigo era aquilo que chamarei ponto 3 e a que o Fernando Alves chamou contradição. Tinha a ver consigo e com a conversa que estava a ter na caixa de comentários com a Fuckit. Ao Daniel Serrão hei-de ir, mas noutras núpcias e noutros contextos.
Eu explico de novo o que me parece ser indefensável. Das duas uma, ou a vida humana é inviolável desde a concepção, que é o que tem defendido em numerosos posts que tem escrito sobre o tema e, nesse caso, a mãe de um feto com uma anomalia que decide abortar é tão "criminosa" como qualquer outra mulher que aborte ou que qualquer mulher que use um D.I.U, ou se admitem excepções. E partir do momento em que estas se admitem, vai-me desculpar, mas o carácter de inviolabilidade, que é o que tem fundamentado os seus posts, cai por terra. E é aí que entramos nos domínios em que as palavras que a Fuckitt lhe escreveu devem ser sacadas para aqui:

É uma boa discussão["o que define vida humana?], para a qual há opiniões médicas (e doutras áreas do conhecimento) para todos os gostos. Isso acontece porque o que define vida humana são factores culturais e de ordem ético-filosófica. Nas nossas sociedades, como esta discussão do aborto demonstra à saciedade, há diferentes olhares sobre onde situar o início da "pessoa". Parece-me pois evidente que a lei, num Estado laico, pode e deve respeitar essas diferentes sensibilidades, e não punir umas em nome das outras. As pessoas são criaturas morais, o nosso Estado define-se como entidade reguladora e racional - e é isso que deve ser aqui também.

A propósito, essa das intoxicações do Bloco de Esquerda passa-me ao lado sem me beliscar sequer. Ainda o Bloco de Esquerda não existia e já a óbvia contradição se m'entrava pelos olhos dentro. Isto para não referir o facto de estar longe, muito longe, de ser bloquista.

Dezembro 29, 2006

Shyznogud

Este post é uma espécie de adenda às iluminações lá de baixo. O autor do cognome está, claramente, com vontade de falar em momento da concepção como origem daquilo que considera ser vida inviolável. Tudo bem, está no seu direito, mas dê-me a mim o direito de não partilhar dessa opinião. E estou longe de estar sozinha, afinal se o estado português partilhasse as opiniões do senhor eu seria uma criminosa ambulante, já que a forma que escolhi para me proteger de gravidezes indesejáveis foi a utilização do D.I.U.. Momento da concepção é o do encontro do óvulo e do espermatozóide, ceeeerto? Ora sabe-se lá quantos ovos o meu útero já impediu que se alojassem no seu seio graças à acção inflamatória do dispositivo.
À suivre...

Dezembro 29, 2006

Shyznogud

Do teclado de uma das mentes iluminadas (grupo em que nos colocaram.. o que muito me honra pessoalmente*, aliás) saíu esta frase lapidar e que subscrevo sem a menor hesitação:

Não proponho a ninguém que abandone ou sacrifique a sua fé. Apenas que me deixe viver sem fé, tranquilamente, e em completa liberdade.

* a honra não é pela caracterização de "iluminada", mas por algo mais prosaico e que radica nos confins da memória, a eterna história das boas companhias, com que somos bombardeados frequentemente na meninice, parece que deu frutos.
Ah! Fiquei com uma dúvida: o que será uma formação "afim" do jornalismo? hum?

Dezembro 29, 2006

Shyznogud

Foi este o título do pequeno teatro com que a ala júnior da minha família nos brindou este ano na noite de natal, mas não é disso que venho falar agora. Ao ler a última página do Público de hoje, em que se descreve a actuação de um Comando libertador de pais natais*, inspirado no Movimento de Libertação dos Anões de Jardim (de que já falámos antes), pensei logo no Mouro da Lapa e na sua técnica de erradicação da praga dos trepadores de janelas... ó homem, os italianos, sim, são boas pessoas, imbuídas do espírito de Amor e Paz que deve caracterizar a época, visteS? Basicamente é esta a mensagem que te queria deixar hoje.

*hum..? é pais natais ou pais natal?

Dezembro 29, 2006

Cenas Obscenas

Ou, pior, com fedor a 24 Horas. Paciência. Fiquei com umas vontadezinhas de desabafar à conta da notícia do dia (ou destes dias, passado que está o Natal e enquanto não vem o Ano Novo): a morte da menina de 2 anos em Monção. Já vai sendo rotina. Crianças vítimas de "acidentes", que morrem mesmo que tenha havido denúncias, polícia, Segurança Social e Comissão de Protecção de Menores ao barulho. Uma vez mais, o ministro vem exigir o apuramento rigoroso das responsabilidades. A autópsia (inconclusiva) foi ontem, hoje está tudo com os olhos postos no caso e na mãe, que vai ser ouvida novamente. Querem um prognóstico para 2007? Vai ser provada a causa da morte por maus-tratos, os pais vão ser julgados (e enxovalhados pelo "povo" ao entrar e sair do tribunal, exigindo "justiça!") e, provavelmente, condenados com pena leve; as responsabilidades nunca vão ser apuradas, uma vez que a "culpa" vai saltitar entre competências mal-definidas, técnicos(as) mal apetrechadas, legislação possivelmente inadequada e confusa, sistema judicial lento, etc. E todos nós, ao brindar a Meia-Noite, esqueceremos que outras Saras morrerão em 2007.
Fiquei verdadeiramente impressionado com os breves segundos que vi na televisão ontem. Uma mãe que, menos de 24 horas após a morte da filha, diz para a câmara, com a maior calma, que "nunca bati na minha menina", como se estivesse a falar da novela ou do tempo. E um pai que faz um "ar-de-não-é-nada-comigo", diz que "se batesse nos filhos era em todos, não era só na mais nova" e diz, encolhendo os ombros, que ficou admirado quando a mulher lhe telefonou a dizer que a filha estava no hospital. Para mim, estes 30 segundos dizem tudo. Independentemente de estarem a mentir ou não. Se estão, são umas bestas assassinas. Se não estão, são uns monstros de frieza. Ou uma mistura de ambos.
A Sara morreu com 2 anos. A educadora contou, emocionada, como andava sempre infeliz, com frio, mal vestida, com sinais de maus tratos e com fome. Quando chegava ao jardim de infância, retribuía os sorrisos que lhe davam com pedidos de "pão". Sabem que mais? Eu digo que mais: teria sido um aborto abençoado. E os senhores do "Não" que me tentem convencer do contrário.

Dezembro 28, 2006

Shyznogud

Porque parece que por aqui abundam os islamitas (cfr. testes de há uns dias) e porque a depilação - tema abordado logo pela manhã - das axilas e púbis fazem parte das regras impostas à anteriori no Hajj, aproveito e relembro os mais distraídos dos crentes que hoje começam as "festividades".
Não faltam páginas onde se podem encontrar referências e descrições deste pilar da fé (há mais 4 mas não me apetece dizer quais são, prefiro a postura socrática que transforma a preguiça em maiêutica) mas podem começar a pesquisa através do artigo do Le Monde de hoje.

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