Womenage a Trois

Ei-lo, como referi anteontem. Fumo e bebo umas coisas mas ainda não estou completamente gagá, ok? Isto porque há gente desenvergonhada que mete umas picadas a ver se digo ui. A imagem é da CNE e o texto anexo explica tudo. Ah! obrigado ao Tó Colante pelo serviço, talvez estes dados completem o quadro.

TPC para a Fuckit:

. ando há dias para dar umas trincas num post do Esplanar. Fui adiando, adiando (a cabra da tendinite ainda dá sinais de vida) e, agora, aproveito a tua aparição por estas bandas para te desafiar a dares tu uso aos dentes. Ora espreita a "Tendência Feminina", ficas com o princípio:

Na última Sexta, uma das peças que acompanharam a conversa de Alberto Pimenta com Paula Moura Pinheiro foi sobre hip hop. De acordo com a peça, corroborada por «especialista em hip hop» (e porque não?!), este começou por ser uma arma de contestação da cultura negra ao racismo e, depois, passou a exprimir o sexismo da cultura americana. A falácia é óbvia mas vale a pena prestar-lhe atenção. A mudança do sujeito do hip hop, dos negros para a sociedade americana, esconde o óbvio: o hip hop permanece ligado à cultura negra e o sexismo é dela (e também lá está desde os primórdios). (...)

Eu titulei o post 2 em 1, certo? Isso indica que não me restringirei a passar trabalhos para casa. Dear Cenas, também vossa exa tem direito a recado: vai ao Tó Colante, há lá um autocolante do PT que desenterraste das memórias (obrigada, caro Papo-seco). Aaah! no outro blog do mesmo autor também encontras imagens que deves apreciar, especialmente as de uma série chamada "Porque amanhã é sábado")

Queria só contar-vos que já vi iluminações de Natal montadas em algumas artérias da capital.* Esta gente enlouqueceu?! O Natal, ao que me recordo, era uma bela festa, que no máximo começava a ser preparada com quinze dias de antecedência, deixando-nos, quando éramos putos, num belo estado de excitação. Não era uma estação do ano! Que é feito do Outono? Agora começam a enjoar-nos com os enfeites e os horrendos cânticos com três meses de antecedência, de maneira que quando chegamos à altura em que devíamos começar - Dezembro - já estamos a fazer figas para que acabe depressa. Acabou-se a expectativa e o estado de excepção, ninguém consegue estar excitado três meses!

Acresce que nesta época fica tudo vermelho, e assim é impossível distinguir: quando chegar a revolução, muitos de nós pensaremos que é só o Pai Natal.

Considero isto tudo, portanto, definitivamente contra-revolucionário.

Descobri a seguinte notícia no Diário Digital:

Alguém me explica outra vez e muito devagar porque é que a senhora está com aquele sorrisinho calmo? Isto lá é explicação? A meu ver, esta informação torna o sorriso irremediavelmente misterioso. Mulheres que acabam de dar à luz têm a cara de quem tem a casa e a cabeça num caos e não dorme mais que duas horas seguidas há que tempos...

Que após horas de trabalho árduo, foi-me possível ressuscitar o sitemeter que a Shyz tinha descaradamente assassinado e enterrado. E ainda teve o descaramento de vir hipocritamente dizer que lamentava. No pasarán!

Esta tarde, por motivos que não vêm ao caso, vi-me a substituir a minha irmã na reunião de pais com a Directora de turma da minha sobrinha. Deo Gratia que estava em regime de substituição e, por mais motivos que não vêm ao caso, obrigada a um registo de low profile, caso contrário acho que um grupinho de pais teria levado para casa algumas histórias para contar. Tive que contar até 3, respirar fundo profundamente e limitar-me a colocar na cara um seráfico sorriso quando a Directora de Turma da piquena se sai com uma tirada daquelas que eu muito aprecio. Passo a contar em detalhe o que se passou. Estas primeiras reuniões do ano dão sempre direito à eleição do representante dos pais. A coisa costuma arrastar-se por penosos minutos porque nunca há voluntários. Como não tinha nada a ver com a história mantive-me calada a apreciar. Eis que ouço a senhora a dizer "Não há um pai voluntário? Nestes casos costumo sempre apontar para os pais é que as mães, bem, as mães têm outros papéis". Qué? "Segura-te ó Mariazinha, vá, isso, respiração de cãozinho cansado se necessário for mas deixa-te estar calada. Vá, tu consegues, plize, plize...". Aguentei-me, é verdade, mas fiquei com a coisa tão entalada, tão entalada... Porque é que eu tinha que ouvir aquilo num sítio em que as circunstâncias me obrigavam a ser discreta? Porque é que não aconteceu numa reunião de um dos meus filhos? Porque é que ninguém abriu o bico? Sou eu que sou picuinhas e implicante? Ups, esta era pergunta retórica...

...mas não retirei linho nenhum. Em vez disso, dei de caras com uma coisinha que uma desconcertante criatura me enviou há tempos. Dizia ela que "era a minha cara". Fiquei bem no retrato, como se pode ver. Ó pra mim ali!