Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Womenage a Trois

Women's True Banal Stories - womenageatrois@gmail.com

Agosto 30, 2006

Shyznogud

É uma injustiça! Uma gaja apanha com a escaldante primeira quinzena de Agosto em Lisboa, dia 15 ruma ao sul para ver se refresca um pouco (e se ganha umas cores saudáveis). Chegada ao destino, zás, apanha com uma primeira semena merdosa, com direito a chuva e vento. Vá lá que a segunda compensou largamente o flop inicial. Regressa-se a Lisboa esperando que S.Pedro seja magnânimo, já que lixou uma semana de férias poderia ser simpático e tornar o regresso menos doloroso. Mas não, o animal resolveu que eu merecia (deve ser castigo) ser transformada numa espécie de Wicked Witch of the West!

Agosto 30, 2006

Cenas Obscenas

A Super Bock acaba de lançar novo cartaz. Uma garrafinha com o rótulo rasgado em V. falta o crucifixo pendente. A legenda diz "Latin Lover". A cerveja-mulher tem mamas perfeitas e um rabo sem celulite nem gordura supérflua. À cerveja-homem, pelos vistos, basta-lhe ser mediterrânica ou falar espanhol, talvez dançar a salsa e ter bigodinho, quem sabe. Não tem que ter uma forma física invejável, uma sensibilidade excepcional ou uma inteligência incomum. Pelos vistos, as mulheres não apreciam nada disto. Basta-lhes ver os pêlos do peito do macho. Pronto, era para o registo, não me pronuncio mais sobre a dita cerveja porque acham que ando a fazer fretes para a concorrência.

Agosto 29, 2006

Shyznogud

O regresso a casa não é, felizmente, coincidente com o fim das férias e, por isso, o regime "pc away" ainda domina. Contudo vão-se espreitanto umas coisas por aqui e por ali e no meio delas descobri algo que me fez - god knows why - ficar matutante. Duas dúvidas me surgiram ao ler esta frase

Ninguém me tira da cabeça que a nossa predilecção por mulheres pequenas revela uma tendência nacional para a pedofilia:

a primeira é, será que é isso que revela? Muito provavelmente, muito provavelmente. Já a segunda dúvida é, sem dúvida, muito mais importante : é mesmo uma predilecção nacional? hum?

Agosto 20, 2006

Cenas Obscenas

Uma pausa de alguns dias. As minhas companheiras abandonaram-me (uma desapareceu - pior, anda a escrever para a concorrência, a traidora - e a outra sofreu uma mutação em Arnold Schwarzenegger, como se pode comprovar). Por momentos, julguei que era o momento de assumir a liderança autocrática. Mas, como o Rei Lear, percebi quão melancólico e solitário pode ser o poder. Esperarei que elas voltem, portanto, para exercer a tirania como deve ser, ou seja, com súbditos (as).
Para quem levar isto a sério (nunca se sabe), oh gentes: vou uns dias de férias.
Ah! a citação acima de odor shakespeariano não serve para nada, é só um pózinho de intelectualidade porque fica sempre bem, sei lá...

Agosto 20, 2006

Cenas Obscenas

... a abordar os devaneios da Super Bock sem aquela pose séria, responsável, socialmente justa e femininamente correcta. Há mais quem o faça. Thank God is Summer. A última abordagem à célebre Miss Playbock que topei é do Inimigo Público da passada sexta-feira, dia 18, depois de ter cheirado vários comentários aqui ou acoli. Ei-la. O cartoon visualiza uma hipótese daquilo que várias cabecinhas retorcidas (entre elas a minha) imaginaram ser os delírios superbockianos levados ao extremo e, curiosamente, vai no sentido oposto às sugestões de quem se sentiu, de algum modo, incomodado com os cartazes: o de fazer incidir a publicidade à cerveja sobre os homens e não sobre as mulheres (e de que eu dei o meu contributo aqui). Grande machão me saiu este António Jorge Gonçalves. Ora digam lá que não está um primor de cartoon.

Agosto 19, 2006

Cenas Obscenas

A História é, talvez, o maiorsaco azul” de que deve haver registo e memória. É, também, aquele ondeseguramente a maior impunidade. Aqui nãojulgamentos mediáticos, fugas para o Brasil, escândalos públicos ou perdas de mandato (não é que em Portugal estes casos abundem, mas percebem o que quero dizer). Pelo contrário, aqui vigora o público apreço, o reconhecimento generalizado, o aplauso e o mérito. Quem deita levianamente a mão à História e de saca uma dúzia de notas para usar a seu bel-prazer não não merece censura como ainda obtém louvor e proveito com isso. A História é uma miserável prostituta silenciosa, que toda a gente usa e abusa e que ninguém respeita nem paga o devido. Os casos são muitos. Inúmeros. Incontáveis. Flagrantes e recorrentes.
Veja-se o caso da Super Bock Abadia. Quem quis fazer uma nova cervejaruivapara fazer concorrência à Sagres Bohemia teve a ideia de enfiar o barrete dizendo que era uma velha receita artesanal de um qualquer convento. Sacou de meia-dúzia de ícones para dar um ar medieval à coisa, entre frades de capuz, mosteiros, vitrais e cavaleiros. Tudo bem, a ignorância histórica é de tal maneira flagrante e generalizada que nem vale a pena discutir a verosimilhança de tais imagens.
Mas há uma gotinha que fez transbordar o copo da minha paciência. É que o disparate tem limites. Mas, curiosamente, quanto maior é, menos alguémpor isso. Sem me querer armar em nada, digo que quando li pela primeira vez as legendas dos cartazes da cerveja veio-me logo à cabeça uma fala de um curioso personagem quepelo nome de Joane ou Parvo: rapinastis coelhorum et pernis perdigotorum, ao dirigir-se a um Corregedor, alguém se lembra? Eu refresco a memória dos esquecidos: um dos momentos de humor do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Há 500 anos, o latim a martelo era ridículo e motivo de chacota. Hoje, a mesma utilização é exibida em grandes parangonas e cartazes espalhados por todo o país e faz ganhar dinheiro a muita gente. Ninguém se ri. Ninguém sabe onde está a piada.
Pois eu digo que tem muita: “Sapore Subliminis”, “Receitae Artesanalis”, “Sapore Autenticum Est” ou “Magica et Splendidus” são disparates gramaticais de todo o tamanho. Mas quem os colocou nos cartazes achou que para quem é, bacalhau basta, ninguém veria nunca erro nenhum. E se algum maduro visse, que se lixe, ninguém deixaria de beber a cerveja por isso. Ora, se fossem erros crassos numa qualquer língua actual, haveria sempre a possibilidade, ainda que remota, que alguém apontasse o dedo. Mas em latim? Bah! Não há nenhuma nacionalidade, nenhuma etnia, nenhuma minoria oprimida que reclame a língua de Virgílio, logo, podem-se escrever alarvidades à vontade. Um Parvo escreveu e a multidão de Joanes, que somos todos nós, lemos, achamos giro e aplaudimos. Por isso, sugiro que a cervejinha em causa se passe a escrever assim. Que ninguém se atreva a dizer que tem erros.

Pág. 1/5

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2011
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2010
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2008
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2007
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2006
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D