como dizia o meu querido antes do passamento dele para zombie, ter sobrevivido a tanto sound trash durante os anos setenta e oitenta não podia resultar em coisa boa. e não resultou. as moças e os moços que agora têm trinta e tais ou quarenta e poucos são o cúmulo da amusia e da desorientação estética. a falta que faz a disciplina clássica. a prova disto é o meu zombie querido. agora, de vez em quando, com o cérebro ainda mais em pousio - como se fosse possível -, vai ao baú, pega em rodelas de vinil ou em cds e, depois, paira a reouvir o catálogo de slayer e de metallica até ao final dos anos oitenta. e ao mesmo tempo é capaz de trautear vítor espadinha e lara li como se estivesse da dar golpes à bruce lee. pungente. só a morte pode resolver tamanho desordenamento estético. o que, mesmo assim, não é fácil, por causa da esperança de vida de toda a geração de quem tem os trinta e tais ou quarenta e poucos.