"Por outras palavras, querem que a homossexualidade seja uma fonte de direitos.É certo que há um tipo de pessoas para quem a diferença constitui fonte de direitos, por exemplo na mobilidade, na assistência médica ou na relação laboral: os deficientes. Duvido, porém, que os gays aceitem a analogia." "À partida, não há qualquer menoridade de um dos membros do par porque ambos estão em plano de absoluta igualdade, até do ponto de vista sexual." estas eram outras das frases que eu tinha selecionado para comentar o post que o jorge c me aconselhou (no cachinmbo de magrite). entretanto com o jantar desisti que ia-me estragar a digestão. ou seja, a frase escolhida e comentada pelo Lutz faz justiça ao post no cachimbo. entre frases e ideias que até fazem sentido e serão verdades históricas estão misturadas conclusões e ideias pessoais que têm leitura fora do contexto do post.
jorge, eu aguento bem com opiniões diversas das minhas, como aliás terás reparado ontem. o que eu não posso é aceitar argumentos em que a situação de homosexuais relativamente ao casamento é comparada com a dos direitos dos deficientes. é injusto para com os deficientes e ofensiva para homosexuais. são situações que não são comparáveis. o outro argumento parte do pressuposto que nas relações heterosexuais há uma menoridade de um dos elementos?!? desculpa mas a(s) discussões que tive contigo foram mais sãs que isto, em que há um pensamento retorcido e prova disso é a resposta ao Lutz acerca acerca do holocausto...
Eu concordo com o Pedro Picoito que o objectivo é que a homossexualidade constitua uma fonte de direitos. O que ele diz é que as pessoas cujo estatuto especial confere direitos são os deficientes, e que certamente os homossexuais não quererão entrar nessa comparação. Diz isto no sentido de que a homossexualidade não pode constituir uma fonte de direito. Quanto à ideia de menoridade, ou do plano da desigualdade ela baseia-se numa ideia ainda mais tradicional de família, onde a mulher ficaria em casa a tomar conta dos ganapos. O argumento pode servir noutro plano, neste não me parece, mas que é uma realidade isso é, já que uma das ideias do casamento é salvaguardar a fada do lar.
pois eu não fiz essa leitura do que ele escreveu e é por isso que acho o raciocínio trocido. mesmo que seja essa a leitura, o que se pede não é um estatuto especial para ter direitos especiais ou como fonte de direitos, pelo contrário, o que se quer é igualdade perante a lei. porque não podendo ser uma fonte de direitos também não pode ser uma fonte de discriminação, got it? relativamente à questão da menoridade, a tua argumentação é a mesma de cavaco silva relativamente ao divórcio. como é que uma situação de estatuto menor num casamento proteje o elemento em desvantagem?
Como já passaram uns dois dias julgo que deixou de fazer sentido discutir algumas coisas. É evidente que a questão evocada por Cavaco Silva é muito semelhante à minha. Se não fosse estaria a desproteger uma quantidade de famílias que vive ainda hoje num sistema de submissão, mas essa conversa é outra. Quanto à discriminação, devo dizer que não a encontro no casamento porque é um instituto desenhado para aquilo. Discriminar seria dizer que a homossexualidade era proibida quando aqui a lei assenta em algo diferente.
A homossexualidade é a maior aberração da humanidade! Entendo mesmo, que deveria ser proibida e reprimida. Esta é apenas uma opinião de um simples cidadão, que não alinha em hipocrisias nem no politicamente correcto. A minha opinião vale o que vale. Certamente não serei o único a pensar assim!