Abril 01, 2008
Jonas
Quer parecer-me que a nossa linguística está a ficar para trás em alguma coisa... não, nem quero falar do acordo ortográfico que me incomoda mesmo 'lá em baixo'!
O problema surge quando quero referir-me a pessoas com as quais, indubitavelmente, tenho uma qualquer relação de parentesco, quando mais não for, de um ponto de vista legal pois somos todos herdeiros quando os velhos (o meu e a delas) quinarem e temos que nos entender. Mas essa relação não tem ainda a devida denominação. Como chamo eu às filhas da mulher do meu pai que não é minha mãe, nem estas filhas do meu pai? São 'uma espécie de irmãs', é o que eu digo... que termo de parentesco devo utilizar? Parece que cá irmão(ã) é um(a) filho(a) do mesmo pai podendo a mãe ser diferente, enquanto meio(a)-irmão(ã) é aquele que é filho da mesma mãe independentemente de que é o pai. (?!) Talvez pela mesma razão arbitrária segundo a qual quando indicamos a filiação em qualquer documento o nome do pai vem sempre em primeiro lugar (e que raspanete levei eu por ter tentado a ordem inversa!). Bof!
Terá sido a diversidade das organizações familiares que se multiplicou a um ritmo tal que não tenhamos tido tempo para arranjar termos para as novas relações que daí resultam? Mas que facilidade temos em usar a porra de outras expressões que não lembrariam ao diabo...